Na história posterior de Israel, quando os sofrimentos do exílio pressionavam fortemente, surgiu uma tendência a idealizar uma Era do passado com a Era da bênção especial do Espírito, juntamente com um otimismo muito marcado com um futuro derramamento do Espírito. Em Ageu 2:5 é feita referência ao período mosaico como a Era do Espírito, “quando saístes do Egito, e o meu Espírito morava entre vós”. Em Isa 44:3 o Espírito deve ser derramado sobre Jacó e sua descendência e, em Isa 59:20 o Redentor deve chegar a Sião no âmbito do pacto de Javé; o Espírito deve permanecer sobre o povo. A passagem, no entanto, que indica nomeadamente a transição da Era do Antigo Testamento para o Novo Testamento é em Joel 2:28, 32, que é citado por Pedro em Atos 2:17-21. Nesta profecia do derramamento do Espírito é estendido a todas as classes, e é atendido por sinais maravilhosos e acompanhado pelo dom da salvação. Olhando para trás, a partir do último para o período anterior da história do Antigo Testamento, observamos uma tendência dupla de ensino em relação ao Espírito. A primeira é a partir do exterior dom do Espírito para usos diversos, com um sentido de aprofundar a necessidade interior do Espírito para a pureza moral e a ênfase na sequência da energia ética do Espírito. A segunda tendência é para uma sensação de inutilidade da organização meramente humana, ou teocrática nacional, em si mesma, para atingir os fins de Javé, juntamente com um sentido da necessidade do Espírito de Deus sobre o povo em geral, e uma previsão da difusão universal do Espírito.


Fonte: International Standard Bible Encyclopedia de James Orr, M.A., D.D., Editor General

Pode uma forma degradante de adoração engodar alguém? Que motivos induziram um povo a contaminar a adoração pura com a falsa? A resposta a estas perguntas pode ser vista no que aconteceu ao antigo Israel. Os israelitas foram avisados de antemão sobre isso: “[Os] deuses [cananeus] servirão de laço para vós.” — Juí. 2:3.

Mas, por que se deu isso? Para descobrirmos isso, temos de examinar primeiro a natureza do baalismo, a religião de Canaã.

A NATUREZA DO BAALISMO

O mais destacado dos deuses cananeus era Baal. Cada localidade em Canaã e em outras terras onde existia o baalismo tinha seu próprio Baal, ou, segundo o significado do nome “Baal”, seu próprio “senhor”, “amo” ou “dono”. O Baal local muitas vezes recebia um nome que indicava que se relacionava com determinada localidade. Um exemplo disso é o “Baal de Peor”. Esta divindade derivava seu nome do Monte Peor. Embora houvesse muitos de tais baalins, os cananeus e povos vizinhos entendiam que os baalins locais eram todos apenas manifestações do único deus Baal.

Textos antigos descobertos em Ras Shamra, na costa da Síria, revelaram que o baalismo era um culto de fertilidade em torno da agricultura. Os baalitas atribuíam as mudanças das estações e seus efeitos às guerras dos deuses. Acreditavam que o fim da estação chuvosa e a morte da vegetação assinalava o triunfo do deus Mot sobre Baal, obrigando Baal a se retirar para as profundezas da terra. Mas, quando começava a estação das chuvas, os baalitas tomavam isso como significando que Baal estava novamente vivo, tendo sua irmã Anate derrotado a Mot. Pensavam que o acasalamento de Baal com sua esposa Astorete, nesta época, garantia a fertilidade das colheitas, dos rebanhos e das manadas durante o ano vindouro.

Os adoradores de Baal acreditavam que, empenharem-se em certos ritos prescritos nas suas festividades religiosas, servia para estimular os deuses a seguir o mesmo modelo. Por isso, para celebrar o despertar de Baal à vida, para se acasalar com Astorete, entregavam-se a orgias sexuais de irrestrita devassidão. Era uma espécie de magia simpática, realizada na esperança de que os deuses imitassem seus adoradores e assim garantissem um ano agrícola fértil e próspero.

Em todo o Canaã podiam ser encontrados santuários em honra de Baal, onde serviam homens e mulheres quais prostitutas e oficiavam sacerdotes. Perto dos altares fora dos santuários havia colunas de pedra, postes sagrados (representando a deusa Aserá) e pedestais-insensários. Tanto as colunas sagradas como os postes sagrados eram símbolos sexuais.

As referências nos textos de Ras Shamra e nas descobertas arqueológicas mostram que o baalismo era uma forma muito degradada de adoração. As deusas Astorete, Anate e Aserá simbolizavam tanto a lascívia como a violência sadística e a guerra. Estatuetas de Astorete, encontradas no Oriente Médio, representam-na como mulher nua com órgãos sexuais grosseiramente exagerados. Num dos textos de Ras Shamra, quando o pai de Anate lhe recusa um pedido, Anate é retratada como respondendo com as palavras: ‘Vou mesmo rachar-lhe a cachola, fazer seu cabelo grisalho gotejar sangue, o cabelo grisalho de sua barba, com sangue derramado.’ Lemos sobre sua avidez de sangue: ‘Ela trava e contempla muitas batalhas; Anate contempla sua luta: Seu fígado incha com o riso, seu coração se enche de alegria, o fígado de Anate exulta; pois mergulha até os joelhos no sangue de cavaleiros, até a cintura no sangue de heróis.’ Ora, que quadro repugnante!

É compreensível que Deus, como Pai amoroso, quisesse proteger seu povo, os israelitas, contra a abominável adoração de Baal. Sua Lei dada mediante Moisés tornava a idolatria uma violação que merecia a morte. (Deu. 13:6-10) Yehowah ordenou que os israelitas destruíssem todos os vestígios da adoração falsa e se mantivessem livres das alianças com idólatras. (Deu. 7:2-5) Mandou que os israelitas nem mesmo ‘mencionassem o nome de outros deuses’, quer dizer, que não os mencionassem com respeito venerável ou de modo tal, que lhes atribuíssem existência. — Êxo. 23:13.

Mas os israelitas desobedeceram e foram engodados pela adoração de Baal, Astorete e Aserá. Por quê?

POR QUE ENGODADOS

Igual a todas as outras formas de idolatria, o baalismo era obra da “carne”. (Gál. 5:19-21) Como tal, apelava para as inclinações pecaminosas dos homens imperfeitos. Os israelitas não eram imunes aos engodos da idolatria e das outras obras da carne associadas com ela.

Uma vez estabelecidos na Terra da Promessa, os israelitas talvez observassem que seus vizinhos cananeus costumavam ter bom êxito com a sua terra, talvez produzindo as melhores colheitas. Visto que os israelitas não tinham muita experiência com a lavoura do solo, não seria incomum que um israelita perguntasse a um cananeu algo sobre agricultura. No que se referia ao cananeu, Baal tinha de ser apaziguado para haver um próspero ano agrícola. Se o israelita ficasse perturbado com a sugestão de que devia também apaziguar o Baal local, o cananeu podia acalmar os temores de seu vizinho por dizer que não havia objeção a que o israelita continuasse a adorar Yehowah. Era apenas uma questão de reconhecer e agradar também o Baal local.

Não reconhecendo que a experiência e o conhecimento da terra eram os motivos reais de qualquer êxito que os cananeus tinham, o israelita talvez permitisse que seu desejo de lucro material se tornasse um laço para ele. Querendo obter a melhor produção de sua terra, talvez se sentisse justificado em erigir um altar a Baal no seu campo e a colocar uma coluna sagrada ou um poste sagrado ao lado dele. Talvez raciocinasse: ‘Ora, ainda estou adorando a Yehowah.’

Outro fator responsável pelo envolvimento com os deuses falsos era o casamento com pessoas que não adoravam a Yehowah. Até mesmo o sábio Rei Salomão se desviou da adoração verdadeira por se casar com mulheres que serviam a falsos deuses e deusas. (1 Reis 11:1-8) Não há indicação de que Salomão abandonasse inteiramente a adoração de Yehowah e os sacrifícios no templo, no monte Moriá. Evidentemente praticava uma espécie de ecumenismo para agradar a suas esposas estrangeiras, mas isto desagradava a Deus.

Ainda outros foram enlaçados pela desenfreada luxúria sexual associada com a adoração falsa. Em Sitim, nas planícies de Moabe, milhares de israelitas cederam a esta tentação e se empenharam na adoração falsa. A Bíblia relata: “O povo principiou então a ter relações imorais com as filhas de Moabe. E as mulheres vieram chamar o povo aos sacrifícios dos seus deuses, e o povo começou a comer e a curvar-se diante dos seus deuses.” — Núm. 25:1, 2.

Depois, as festividades religiosas, com seus grandes banquetes e bebedeiras, também agradavam aos amantes dos prazeres. Lemos em Amós 2:8: “Estenderam-se sobre vestes tomadas em penhor, ao lado de todo altar; e na casa de seus deuses bebem o vinho dos que foram multados.” A Bíblia nos diz sobre uma festividade religiosa em Siquém: “Saíram ao campo, como de costume, e se empenharam em colher as uvas dos seus vinhedos e em pisá-las, e se entregaram a uma exultação festiva, entrando depois na casa de seu deus, e comeram e beberam.” — Juí. 9:27.

Além disso, a incerteza quanto ao futuro (por causa da falta de fé ou duma consciência culpada perante Yehowah) induziu muitos a procurar a ajuda da religião falsa, esperando que talvez recebessem alguma garantia de que as coisas lhes iriam bem. Um caso disso foi o rei israelita Acazias, filho de Acabe e Jezabel. Ferido num acidente, enviou mensageiros para indagar de Baal-Zebube, deus de Ecrom, para saber se se restabeleceria. — 2 Reis 1:2, 3.

UMA LIÇÃO A SER ACATADA

Quando consideramos o que tem acontecido na igrejas cristãs apostatas, não nos deve surpreender que Israel foi enlaçado pela idolatria. Hoje em dia, na cristandade, pessoas educadas consultam adivinhos, metem-se no ocultismo, usam amuletos, e, em algumas partes do mundo, recorrem até mesmo a curandeiros na esperança de obter alívio duma doença. Ao mesmo tempo, iguais aos israelitas da antiguidade, afirmam servir o Deus da Bíblia. Além disso, abundam na cristandade a imoralidade sexual, o excesso no comer e beber, a desonestidade e outras obras da carne.

Esta situação torna certo que os aderentes desordenados das igrejas da cristandade não escaparão da execução do julgamento de Deus. Deus não poupou o Israel infiel, e, sendo o Imutável, Ele se tornará novamente “testemunha veloz contra os feiticeiros, e contra os adúlteros, e contra os que juram falsamente, e contra os que agem fraudulentamente com o salário do assalariado, com a viúva e com o menino órfão de pai, e os que repelem o residente forasteiro, ao passo que não [o] temeram”. — Mal. 3:5, 6.

Portanto, é urgente que todos os que buscam a aprovação de Deus evitem ser enlaçados pela idolatria ou por qualquer outra obra da carne pecaminosa. Se este for seu desejo, cultive ódio intenso ao que Deus condena, não deixando que sua mente pense muito nos desejos carnais. Fazendo isso, poderá escapar dos engodos mortíferos deste mundo. Conforme escreveu o apóstolo João: “Não estejais amando nem o mundo, nem as coisas do mundo. Se alguém amar o mundo, o amor do Pai não está nele; porque tudo o que há no mundo — o desejo da carne, e o desejo dos olhos, e a ostentação dos meios de vida da pessoa — não se origina do Pai, mas origina-se do mundo. Outrossim, o mundo está passando, e assim também o seu desejo, mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre.” — 1 João 2:15-17.

“Por fim, irmãos, todas as coisas que são verdadeiras, todas as que são de séria preocupação, todas as que são justas, todas as que são castas, todas as que são amáveis, todas as coisas de que se fala bem, toda virtude que há e toda coisa louvável que há, continuai a considerar tais coisas. . . . e o Deus de paz estará convosco.” — Fil. 4:8, 9.


A NATUREZA TEOLÓGICA DE UM MILAGRE

Cada uma destas três palavras que se referem a eventos sobrenaturais (sinal, maravilha e poder) delineia um aspecto do milagre. Um milagre é um evento incomum (maravilha) que transmite e confirma uma mensagem incomum (sinal) por intermédio de uma habilidade incomum (poder). Do ponto de vista divino privilegiado, o milagre é um ato de Deus (poder) que atrai a atenção do povo de Deus (maravilha) para a Palavra de Deus (por meio de um sinal). Estas palavras designam, respectivamente, a “fonte” (o poder de Deus), a “natureza” (maravilhosa, incomum) e o “propósito” (sinalizar algo que vai além do fato em si) de um milagre. Eles são normalmente utilizados como sinais para confirmar um sermão; como maravilhas para verificar as palavras de um profeta; como milagre para ajudar a estabelecer a sua mensagem (Jo 3.2; At 2.22; Hb 2.3,4).
Um milagre, portanto, é uma intervenção divina, ou uma interrupção, no curso regular do mundo que produz um evento com um objetivo definido, o qual, apesar de incomum, não ocorreria (ou não poderia ocorrer) de outra forma. Nessa definição, as leis naturais são compreendidas como sendo a forma normal, regular e geral pela qual o mundo funciona. Entretanto, o milagre ocorre como um ato incomum, não-padronizado e específico de um Deus que transcende o universo.
Isto não significa que os milagres são contrários às leis naturais; significa simplesmente que eles são originados em uma fonte que está além da natureza. Em outras palavras os milagres não violam as leis naturais da “causa e efeito”, eles simplesmente tem uma causa que transcende a natureza.

O PROPÓSITO DOS MILAGRES

A Bíblia informa pelo menos três propósitos para um milagre:

(1)   glorificar a natureza de Deus (Jo 2.11; 11.40);
(2)   confirmar as credenciais de certas pessoas na posição de porta-vozes de Deus (At 2.22; Hb 2.3,4); e
(3)   propiciar evidências para que haja fé em Deus (Jo 6.2,14; 20.30,31).

Obviamente, nem todas as pessoas acreditam que um evento assim seja um ato de Deus, mesmo tendo testemunhado um milagre. Mas neste evento, de acordo com o Novo Testamento, o milagre é uma testemunha contra elas. João se lamentou pelo povo: “E, ainda que tivesse feito tantos sinais diante deles, não criam nele” (Jo 12.37). O próprio Jesus falou nestes termos ao se referir a algumas pessoas: “Se não ouvem a Moisés e aos Profetas, tampouco acreditarão, ainda que algum dos mortos ressuscite” (Lc 16.31). Portanto, neste sentido, o resultado (e não o propósito) da descrença em milagres se constitui em condenação para o incrédulo (cf. Jo 12.31,37).

Texto extraído da obra “Teologia Sistemática: Introdução à Teologia, A Bíblia, Deus, a Criação, editada pela CPAD.

Moloque

[duma raiz que significa “reinar” ou “rei”, mas com as vogais de bósheth, “vergonha”, para indicar repugnância].

Deidade especialmente associada com os amonitas (1Rs 11:5, 7, 33; At 7:43; compare isso com Am 5:26); possivelmente o mesmo que Milcom. (1Rs 11:5, 33) Em Jeremias 32:35, Moloque é mencionado em paralelo com Baal, o que sugere, se não uma identificação, pelo menos alguma relação entre os dois. Diversas autoridades consideram “Moloque” mais como título, em vez de como nome duma deidade específica, e, portanto, apresentou-se a idéia de que a designação “Moloque” talvez tenha sido aplicada a mais de um deus.

Concorda-se em geral que o Malcão mencionado em 2 Samuel 12:30 e em 1 Crônicas 20:2 seja a imagem-ídolo do deus amonita Milcom, ou Moloque, embora o termo hebraico possa ser vertido por “seu rei”. (Veja ALA; IBB.) Anteriormente, no relato bíblico, o rei amonita é chamado pelo seu nome Hanum (2Sa 10:1-4); portanto, é razoável concluir que apareceria o nome Hanum em vez de Malcão no registro bíblico, se a referência fosse ao rei, em vez de ao ídolo. Também, acha-se improvável que um rei usasse uma coroa que pesava cerca de 34 kg. Pelo mesmo motivo, sugeriu-se que Davi colocou a coroa de Malcão na cabeça apenas temporariamente, talvez para indicar sua vitória sobre o deus falso. Segundo a versão do Targum, adotada por diversos tradutores, a coroa tinha apenas uma jóia preciosa. Isto tem dado margem à idéia de que era antes a jóia preciosa, em vez de a própria coroa, que veio a estar na cabeça de Davi.

Sacrifícios de Crianças a Moloque: A lei de Deus para Israel prescrevia a pena de morte para todo aquele, mesmo o residente forasteiro, que entregasse seu descendente a Moloque. (Le 20:2-5) Não obstante, israelitas apóstatas, tanto no reino de Judá como no reino das dez tribos, fizeram seus filhos passar pelo fogo. — 2Rs 17:17, 18; Ez 23:4, 36-39.

O ‘passar pelo fogo’ para Moloque tem sido considerado por alguns como significando um ritual de purificação, por meio do qual as crianças eram devotadas ou dedicadas a Moloque; outros entendem que se tratava do sacrifício real. Não pode haver dúvida de que os cananeus e os israelitas apóstatas realmente sacrificavam seus filhos. (De 12:31; Sal 106:37, 38) O Rei Acaz, de Judá, “passou a queimar seus filhos [“seu filho”, Sy] no fogo”. (2Cr 28:3) A passagem paralela em 2 Reis 16:3 reza: “Fez até mesmo seu próprio filho passar pelo fogo.” Isto indica que “passar pelo fogo” pelo menos algumas vezes é sinônimo de sacrifício. Todavia, é provável que a adoração de Moloque não era sempre e em todo lugar igual. Por exemplo, o Rei Salomão, sob a influência das suas esposas estrangeiras, construiu altos para Moloque e para outras deidades, mas só no tempo de Acaz se faz menção de sacrifícios de crianças. (1Rs 11:7, 8) Sem dúvida, se esta prática abominável tivesse existido anteriormente, teria sido denunciada junto com as outras formas de idolatria existentes nos reinados dos diversos reis. Por este motivo, alguns comentadores são a favor do conceito de que a expressão “passar pelo fogo” se aplicava originalmente a um rito de purificação, e posteriormente passou a significar o próprio sacrifício.

“A passagem” para Moloque, mencionada na nota de rodapé sobre Levítico 18:21, evidentemente refere-se a devotar ou dedicar os filhos a este deus falso. Este texto tem sido traduzido de forma diversa: “Da tua descendência não darás nenhum para dedicar-se a Moloque.” (ALA) “Da tua semente não darás para a fazer passar pelo fogo perante Moloque.” (Al) “Não entregarás os teus filhos para consagrá-los a Moloc.” (BJ) “Não deves permitir que alguém da tua descendência seja devotado a Moloque.” — NM.

Acaz e Manassés são os únicos reis de Judá mencionados como fazendo seus filhos passar pelo fogo. Todavia, em vista do ímpeto dado por estes dois reis ao sacrifício de crianças, esta prática parece ter ficado arraigada entre os israelitas em geral. (2Rs 16:3; 21:6; Je 7:31; 19:4, 5; 32:35; Ez 20:26) As crianças, pelo menos ocasionalmente, eram primeiro mortas, em vez de serem queimadas vivas. — Ez 16:20, 21.

O Rei Josias profanou Tofete, principal centro da adoração de Moloque em Judá, a fim de impedir que as pessoas fizessem seus filhos passar pelo fogo. (2Rs 23:10-13) Mas isso não erradicou esta prática para sempre. Ezequiel, que começou a servir como profeta 16 anos depois da morte de Josias, menciona a ocorrência dela nos seus dias. — Ez 20:31.

Apresentou-se a idéia de que o Moloque a quem se sacrificavam as crianças tinha a forma de homem, mas cabeça de touro. Diz-se que esta imagem era aquecida até ficar rubro, e as crianças eram lançadas nos seus braços estendidos, caindo assim na fornalha ardente embaixo. Este conceito baseia-se na maior parte na descrição do Cronos ou Moloque cartaginês, fornecida pelo historiador grego Diodoro da Sicília, do primeiro século AEC. —Diodorus of Sicily (Diodoro da Sicília), XX, 14, 4-6.

O Dicionário define a paz como a ausência de uma guerra, como um estado de não estar passando por problemas. Essa é a paz do homem.
Se eu não estou enfrentando problema, eu tenho paz. Se não tem ninguém me importunando, eu tenho paz. Se eu não tenho nada com que me preocupar, então eu tenho paz, e tantos outros motivos.

Agora quero que entendamos como que a Bíblia define a paz de Deus.
Em primeiro lugar em Filipenses 4:7a diz: "A paz de Deus, que excede todo o entendimento". Dai você me pergunta: porque a Bíblia diz que a paz de Deus excede todo entendimento?
Lá em 1 Coríntios 1:21 diz: "Visto como na sabedoria de Deus o mundo pela sua sabedoria não conheceu a Deus". Não podemos querer entender as coisas de Deus (espirituais) com as coisas naturais (carnais), não tem como.
Então quando a Bíblia diz que a paz de Deus excede todo entendimento, não tem como querer entendê-la com a compreenssão humana. Dai você me pergunta: porque você está dizendo isso?

Em Lucas 8 do versículo 22 a 25 nos conta um fato em que Jesus e seus discípulos estavam em um barco, e no meio do mar veio uma tempestade, com as ondas bravas, com ventos fortes, e imagino o desespero dos discípulos ao ver essa cena. No meio desse tumulto eles não sabendo mais o que fariam, quiseram saber o que Jesus pensava a respeito, foi quando eles deram em conta uma outra cena mais inusitada ainda, Jesus estava dormindo. Isso mesmo, Jesus estava dormindo.
Conseguem enchergar a paz de Deus ai? E eu te faço outra pergunta: Onde está a "lógica humana" ai? Se é que existe! Por isso que a Bíblia diz que a paz de Deus excede todo entendimento. Pois quando, pela nossa lógica, pensamos que a única saída é o suicídio, é o assasinato, é a loucura, e etc, é que entra a paz de Deus.

Como disse, a paz do homem é a ausência de algo ruim, mas a paz de Deus, que excede todo entendimento, é ter paz no meio das coisas ruins.

Deixa eu te perguntar: Por acaso você conhece alguêm nesse mundo que não enfrenta e/ou passa por dificuldades? Se você conhece, me apresente, pois eu não conheci e não conheço.
Pois se a paz do homem é não passar por coisas ruins e etc, então poderia dizer que para nós é algo aparentemente impossível, correto?
Mas agora vamos nos reter um pouco mais na paz de Deus.
Ja falamos que a paz de Deus é ter paz no meio das coisas ruins. Um outro texto bíblico que sustenta essa idéia é a de João 16:33b: "No mundo tereis aflições; mas tende bom ânimo, eu venci o mundo".
Nesse texto entendemos exatamente a situação real do mundo "aflições", e vemos também muito claro a paz de Deus, "mas tende bom ânimo, Eu (Jesus) venci o mundo".

Então esse é o motivo pelo qual desejamos as pessoas "A paz do Senhor".
Nós não temos paz para dar, somente Jesus tem a verdadeira paz.

Dai alguém pergunta: Mas Junior, uma Igreja fala a paz de Deus, outra fala a paz do Senhor, etc, qual é o correto?
Você crê no mesmo que eu, que Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo são a mesma pessoa? E que Eles formam a Trindade Santa?
Se você crê no mesmo que eu, então não importa se você fala a paz de Deus, a paz do Senhor, a paz de Cristo, a paz de Jesus ou a paz do Espírito Santo, pois estamos falando da mesma pessoa e da mesma paz.

Então eu desejo a todos que estão lendo essa matéria que a paz do Senhor Jesus inunde a sua vida, e que Ele te ajude a vencer as aflições desse mundo.

Fonte: Jovens 2IPR